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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Exposição: A música, o Museu e a Cidade

  
A exposição conta a evolução da música sacro-profana são joanense, além de expor instrumentos musicais, discos de vinil e partituras das bi centenárias orquestras.
A exposição vai até março de 2013. Vale a pena conferir.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Igreja de Nossa Senhora do Rosário

Vista frontal de igreja


É a mais antiga igreja de São João del-Rei, é datada de 1708. Nos anos de 1751 e 1936 a igreja foi substancialmente modificada. A primeira capela de Nossa Senhora do Rosário foi benta pelo Vigário da Vara Padre Dr. Manuel Cabral Camelo, em 1719, no mesmo local onde hoje se encontra. Onze anos antes, em primeiro de junho de 1708, quando São João del-Rei ainda era arraial, foi fundada a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. No dia 7 de Julho de 1720 foi colocada neste templo a imagem de Nossa Senhora do Rosário.

Vista da antiga igreja

Em 15 de fevereiro de 1751 iniciam-se as obras de reconstrução da Igreja do Rosário e as imagens de Nossa Senhora do Rosário e de S. Benedito vão para a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, onde permaneceram até no dia 25 de dezembro de 1772. Em 1753, por acréscimo e remodelação, tomou as atuais dimensões. Primitivamente o campanário era separado da igreja e ficava ao lado esquerdo. Mais tarde foi construída uma torre ao centro da fachada, até que, ameaçando cair, foi demolida em princípios deste século. Depois da torre ter sido demolida, os sinos foram colocados na última janela, ao lado esquerdo da fachada. Na década de 1930-1940 foram construídas as atuais torres que deram novo aspecto arquitetônico ao frontispício e os sinos foram para a sineira à esquerda. Agora a frente tem quatro janelas e uma porta, além das duas torres quadrangulares.


Encostados na parede do arco-cruzeiro se encontram dois altares de bonita talha, com frontão elevado e dois anjos, um em cada altar, sustentando em um dos braços um lado de cortina. O do lado esquerdo do observador é dedicado à Nossa Senhora do Remédio, que se encontra dentro da abertura do retábulo, em um pequeno trono. Degraus abaixo está a imagem de São Lourenço, paramentado de diácono e com uma grelha na mão direita, lembrando como foi morto, e na mão esquerda a palma do martírio. As peanhas laterais são ocupadas por São Vicente Ferrer, do lado da epístola, e São Jacinto, do lado do evangelho. Têm dossel com fundos imitando cortinas bem entalhadas na madeira. A mesa do altar tem uma abertura em sua parte inferior e ai se encontra Nosso Senhor Morto. O altar do outro lado é dedicado a São Benedito e Santo Antônio de Catalagirona, dois santos pretos muito venerados. Em 1954 uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, por sinal muito bonita, foi ai entronizada. Ela foi esculpida por um artista português, em cedro brasileiro enviado à Portugal. Antes de vir para São João del-Rei, foi benta em Fátima e tocou na azinheira e na imagem lá venerada.
O arco-cruzeiro é ornado por uma tarja, que tem em seu tímpano, bem ao centro, a Estrela que guiou os Santos Reis Magos ao presépio de Belém. Aos lados estão dois Anjos em tamanho natural.


A capela-mor, bem espaçosa, tem iluminação natural através de quatro óculos, em forma ovalada, dois de cada lado, rasgados nas paredes laterais. A talha da capela-mor é de autoria do artista Luís Pinheiro de Sousa, o mesmo que serviu de mestre do serviço do retábulo da capela-mor da Igreja de São Francisco de Assis. Quatro colunas de fustes estriados, base de canelura em espiral e capitéis da ordem compósita, formam como que nichos ladeando a abertura do trono e sustentam o entablamento que corre pelos lados.
Ao lado do Evangelho fica a imagem de São Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Pregadores, e do outro lado está Santa Catarina de Sena. Em volutas, que se apoiam nas colunas, encontram-se quatro anjos de grande formato.
Um dossel, junto ao forro, ladeado por cabeças de anjos alados, cobre uma grande coroa e um rosário rodeado de cinco querubins sobre nuvens que emitem raios dourados e dois anjos nas extremidades apontam para o conjunto. O teto do camarim do trono é um dos mais bem trabalhados e artísticos da cidade. Tem ao centro uma rosácea, na interseção das nervuras que se cruzam; pequenas rosáceas acham-se colocadas no interior dos triângulos formados pelos cruzamentos. Do alto dos degraus do trono, Nossa Senhora do Rosário domina e abençoa os fiéis, esculpida em dois blocos de madeira de lei, é, talvez, a mais bonita obra escultural e artística existente nas igrejas da cidade, pela perfeição e beleza de seus traços e encarnação.
Em seu frontispíciose destaca a portada e pedra granítica, datada de 1753, sendo que suas torres em concreto armado construídas por Rosino Bacarini e inaugurada no ano de 1936.
Logo à entrada pela porta principal, vemos à esquerda, uma gruta em oragon a Nossa Senhora de Lourdes que foi adquirida em Paris.
Do lado oposto observa-se Nossa Senhora de Fátima esculpida em cedro brasileiro.
Em nichos laterais da campela-mor veem-se as imagens de roca de São Domingos de Gusmão, fundador da Ordem e Santa Catarina de Sena reformadora da Ordem.
Nos altares da nave junto ao transepto observa-se no lado da epístola, as imagens de São Benedito e Santo Antônio Noto, todos em roca. Em nichos laterais pequenas imagens de São Libório e São Tomás de Aquino.
No altar do lado do evangelho (nave) vemos Nossa Senhora dos Remédios e São Lourenço e nos nichos laterais São Jacinto e São Vicente Ferrer.
O autor da talha da capela-mor é de Luiz Pinheiro de Souza e o escultor é Antônio Francisco Sarzeda.

Imagem de Nossa Senhora do Rosário








domingo, 16 de setembro de 2012

Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar


Resumo cronológico da Igreja do Pilar

1705 – 1ª capela erguida junto com o primitivo arraial – no local da atual Matriz;
1709 – é incendiada com a Guerra dos Emboabas;
1710 – início da construção de uma igreja que não foi além das paredes no Arraial Fortificado.
1711 – edificação de uma nova igreja (Morro da  Forca), que funcionou como matriz até 1724.
1721 – construção de uma nova igreja na Rua da Direita, no local da primitiva.
1724 – Inauguração da atual Matriz.



Vista frontal da igreja

Como as demais Igrejas esta também sofreu ampliações e melhoramentos através dos tempos. Inicialmente era bem menor, mas não menos bela.
Seu frontispício atual e datado de 1820 para atender a um aumento no corpo da nave, Cândido José da Silva executou em alvenaria de pedras graníticas e azuis desenhado por Manoel Vítor de Jesus. Seu interior é barroco e exterior neoclássico.
Na torre da direita sob a janela sineira, vê-se um relógio holândes, instalado em 1905, em substituição de um anterior. No frontão pode-se observar sob a cruz, aparece, entre nuvens claras, a lembrar a celebração da páscoa, a figura do manso cordeirinho - agnus dei - sobre o livro do apocalipse.
Um gradil de ferro fundido, obra de Jesuíno José Ferreira, amarrado em imponentes colunas graníticas, cerca um adoro de 1848.
Catedral esde 1960, quando da criação da Diocese, esta igreja Matriz foi elevado, por ato papal, à condição de basílica menor em 1965, pelo que acima de sua janela do meio, ve-se, hoje, um pequeno escudo em pedra sabão, com as armas pontifícias: uma tiara e duas chaves.
No vestíbulo das igrejas matrizesm e só das matrizes encontra-se à esquerda de quem entra o batistério com a pia batismal. A geografia, nesse caso, é ao mesmo tempo física e espiritual: colocado o batistério à entrada da igreja material simboliza o ingresso dos neófitos na igreja mística e social.
Teto

O teto foi pintado por Venâncio José do Espírito Santo, são-joanense, em 1817 e o patrocinador da obra foi o comerciante português Comendador João Batista Machado.

Pintura central do teto-A virgem do Pilar ladeada de anjos-

Anjo da Amargura e Ornamentação do Arco Cruzeiro

Pintura lateral do teto

Pintura lateral, próxima ao coro

Na ordem pela esquerda de quem entra e de trás para frente pode-se observar: Santa Cecília, Santa Rita, São Marcos com Leão, São Mateus com o anjo ao menino, São João com a águia, São Lucas com o boi e o quadro de Maria, São Pedro com as chaves; pelo lado contrário Santo Estevão, Santa Luzia, Santo Ambrósio com o báculo, Santo Agostinho com o coração, São Gregório com a pomba que representa o Espírito Santo, São Jerônimo com leão e trombeta e São Tiago Maior com cajado.
No meio do teto, emoldecida de guirlandas de flores, envolta de nuvens e rodeada de anjos está a figura da padroeira Nossa Senhora do Pilar. Na base do pilar um rosto irradiante como o sol, tendo de ambos os lados uma cartela onde se lê em latim – Tota pulchra es, Maria, et macula originalis non est in Te – És toda pura, ó maria, e a mancha original não está em Ti.
No meio dos trinta anjinhos que circundam a virgem – querubins de asinhas vermelhas e serafins de asinhas azuis.
Venâncio quis segundo o professor Antônio Gaio Sobrinho ressaltar o valor da bíblia, representada pelos evangelistas, e, de outro lado, proclamar a necessidade do magisterio, simbolizando por quatro de seus maiores representantes, os quatro grandes doutores da Igreja Latina.
Para pintar o teto Venâncio utilizava pigmentos rochosos e vegetais da região. Das tintas vegetais foi utilizado o conhecido como sangue de boi, por causa de sua coloração vermelho-escura.
Com tais elementos se preparava a têmpera resultante de uma mistura de cola branca de marceneiro, clara de ovos, vinagre, água, mais aqueles pigmentos. A clara de ovos era utilizada em substituição da cola para aglutinar as demais substâncias, o vinagre, como pesticida, para proteger a mistura, sobretudo a clara, contra o ataque de insetos.
As duas primeiras figuras do teto, proximas à tribuna da música, Santa Luzia e Santo Estevão foram pintadas por outro artistam em época posterior (1817), depois do aumento executado no corpo da nave quando se fez o atual frontispício (1820).
Os camarins ou tribunais de honra foram inauguradas em 1854.



A nave

A Catedral possui altares laterais variádos devido à quantidade de irmandades sediadas na mesma. Como a irmandade do Santíssimo Sacramento (1711), irmandade importante por erguer a igreja e por organizar a tradicional Semana Santa em São João del-Rei, irmandade de São Miguel e Almas (1716), irmandade do Senhor dos Passos (1734) e irmandade da Boa Morte (1786), sendo que em 1727 sediava a irmandade do Carmo que somente em 1734 possuía capela própria.
Dentre os altares laterais, dedicado a Nossa Senhora do Terço, Sant’ Ana, Nossa Senhora da Conceição e Senhor dos Passos, sendo que o primeiro da esquerda de quem entra, onde atualmente se venera Nossa Senhora do Terço, tudo indica (segundo o Prof. Antônio Gaio) que este teria sido o altar-mor da matriz onde se venerava a primitiva imagem de Nossa Senhora do Pilar, quando localizada no Morro da Forca. O altar sofreu algumas adaptações e nele se intronizou Nossa Senhora da Conceição. Sobre o que seria o sacrário do altar, vê-se um vestíbulo, como de uma porta numa alusão ao título – porta do céu – . No fundo do camarim no ano de 1999 foram colocadas réplicas de dois anjinhos sustentando uma coroa em alto relevo. Essa restauração diminuiu a altura do trono, a troca de imagens da Nossa Senhora da Conceição pela Nossa Senhora do Terço. Nos nichos laterais, são veneradas as imagens de São Francisco de Paula e Santa Bárbara e à frente da portinhola, Santa Cecília.
Em frente encontra-se o altar dos Passos muito bem ornamentado. No teto pode-se observar a semelhança da abóboda com a do altar-mor.
O próximo altar é o de Sant’ Ana, junto com ela está Nossa Senhora Menina, aprendendo as escrituras. Nos nichos laterais, São Joaquim e São João Nepomuceno.
À sua frente, no lado oposto, vê-se o altar de Nossa Senhora da Conceição. Tem nos nichos laterais as imagens de Santa Antônio e São Francisco e ao centro, uma antiguíssima imagem de São Sebastião. Também neste altar, como nos dois ficam defronte, as restaurações revelam delicadas pinturas que trazem características de Natividade: conjunto de três rosas nas cores azul, vermelhas e laranja.
Dos altares do transepto, o da esquerda é dedicado a Nossa Senhora da Glória, do outro lado encontra-se o altar de São Miguel e Almas, com a belíssim imagem de São Miguel cravejada de brilhantes.
Sobre o quebra voz de cada púlpito pode-se observar em alegoria a representação das virtudes teologais: a fé, no da esquerda, onde uma figura feminina sustenta uma cruz; a esperança, no da direita, numa figura também feminina que empunha uma âncora; e a caridade inindo as duas figuras na significação dos símbolos que trazem consigo, uma pomba e um cálice.
Num hall de entrada, no lado do evangelho estão expostas uma primitiva imagem de Nossa Senhora do Pilar e uma roca de 1922.

Altar do Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores

Altar de Nossa Senhora da Conceição

Altar de Nossa Senhora do Terço

Altar de Sant’Ana Mestra

Altar de São Miguel a Almas

Altar de Nossa Senhora da Glória

Capela-Mor

Vista do Altar no domingo de páscoa



No ano de 1730 a capela-mor já estava pronta. Possui duas telas, representando o banquete na casa de Simão e última ceia de Jesus, importadas de Portugal e inauguradas em 1732. Dom João V patrocionou com ouro, ornamentos e telas (Capela-Mor).
No trono do camarim encontra-se a moderna imagem de Nossa Senhora do Pilar, esculpida no Rio de Janeiro por Ceríaco da Costa Tavares e entronizada na igreja em 1922.
Nos nichos laterais veneram-se as imagens de São José de Botas e São João Batista.
A capela do Santíssimo Sacramento possui pinturas no teto de Manoel Venâncio do Espírito Santo; e a sacristia contrária com pinturas no teto de Joaquim José da Natividade.

Ornamentação na Capela-Mor, Santíssima Trindade














Breve histórico sobre a formação de São João del Rei


Tomé Portes del Rei (minerador paulista) estabeleceu-se nas margens do Rio das Mortes (Porto Real da Paisagem-Matosinhos) com familiares, escravos e agregados fundando o 1º núcleo de povoamento da região. Tomé fornecia alimentos, concedia pouso e proporcionava para os viajantes canoas para a travessia do rio, sendo ainda nomeado guarda-mor.
Por volta de 1702 possivelmente com orientação de João de Sirqueira Afonso, minerador com prática Tomé encontrou o 1º ouro da região no córrego de Santo Antônio (ali começa a se formar a atual cidade de Tiradentes, conhecida primeiramente como Arraial Velho e em 1718 elevado à categoria de Vila(São João del Rei).
Arraial do Rio das Mortes - Por volta de 1704-1705 foi encontrando ouro no ribeirão de São Francisco Xavier, ao norte da encosta da Serra do Lenheiro por Lourenço Costa (escrivão no Porto Real da Passagem). Com a descoberta, as datas foram repartidas entre várias pessoas que começaram a explorá-las. Pouco tempo depois, o português Manoel José de Barcelos encontra mais ouro na encosta sul da Serra do Lenheiro, num local chamado Tejuco. Aí se fixa o primeiro núcleo de povoamento que daria origem ao Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar, mais tarde Arraial Novo do Rio das Mortes.
Como outros arraiais mineradores, o povoado surge a partir de uma capela erguida (em oragon a Nossa Senhora do Pilar).
As rivalidades e a disputa pela posse de datas auríferas geram conflitos permanentes, que culminaram em 1708 com a guerra dos Emboabas.

São João del Rei antiga-Pintura de Rugendas

Guerra dos Emboabas

Como foram os paulistas que abriu o caminho para a descoberta do ouro, mais como a pedra era valiosa várias pessoas de vários lugares do Brasil e principalmente Portugal queriam também explorar as minas, essa disputa de ouro entre Paulistas e Emboabas ficou conhecida como Guerra os Emboabas.
Os conflitos começaram em 1708, mas foi em 1709 que ficaram mais violentos. Os emboabas, que dispunham de mais recursos venceram os paulistas. Estes recuaram para perto do Rio das Mortes. Bentos do Amaral Coutinho com sua tropa e mais reforço dos Emboabas fez um cerco ao lugar onde situavam os paulistas e, após ligeiro combate os paulistas se renderam com garantia de vida, mas os prisioneiros foram levados à presença do comandante que ordenou a execução de todos. Esse fato ficou conhecido como Capão da Traição. Os paulistas voltam a São Paulo e organizam um exército contra o Arraial Novo do Rio das Mortes, enquanto isso os Emboabas sob orientação de José Matol fortificou o Arraial que foi incendiado.
Consequencias da guerra:
* Paulistas e Emboabas puderam explorar as minas.
* Foi criada a capitania de São Paulo e das Minas do Ouro, separando-as do R. J. e nomeou um governador especial para as Minas, a fim de melhor controlar a região, o Antônio Albuquerque que se fixou em mariana (1ª vila de M.G).

O Arraial fortificado no Porto Real da Passagem

Os Emboabas inseguros, fizeram suas moradas próxima ao Porto Real da Passagem. Esse Arraial dentro de uma fortaleza de forma pentagonal planejada por José Matol, mais tarde acalmado os ânimos, os Emboabas voltam a morar no Arraial Novo, nas proximidades da atual capela do Bonfim.

Como o Barroco chegou na América Latina e no Brasil

O Barroco chegou à America Latina com os missionários jesuítas, que trouxeram o novo estilo como instrumento de doutrinação cristã. Os primeiros templos surgem como uma transplantação cultural, que utilizava modelos arquitetônicos e de peças construtivas e decorativas trazidas direto de Portugal.

A arte Barroca chegou ao Brasil no século XVII, com as grandes missões colonizadora da poderosa Companhia de Jesus, e mesmo apesar de diversas etapas e aspectos variados, veio banhado de informações européias. Enquanto as cidades litorâneas brasileiras revelavam um barroco transplantado, copiado da Europa. Nas montanhas de Minas Gerais surge um barroco bem brasileiro, com artistas da região produzindo obras com matéria-prima da própria região, mostrando soluções e fórmulas inéditas.

O Barroco em Minas Gerais tem seu começo através das descobertas do ouro. A vida urbana em Minas Gerais era maior e os habitantes formavam uma sociedade exibicionista onde se dava muita importância à ostentação da riqueza, e construção de belas casas e grandes igrejas era a forma de expor o luxo e a riqueza.

O Barroco, com suas formas exuberantes, foi o estilo que predominou, pois tinha como objetivo ofuscar os sentidos, afirmar o esplendor divino, conquistar a alma e maravilhar e extasiar os fiéis.

Em várias partes de Minas Gerais as irmandades religiosas multiplicaram as construções e cada uma tentou fazer de sua igreja a mais rica, as igreja guardam verdadeiros tesouros em altares decorados com talhas douradas.

Com a pedra sabão, matéria-prima local, substituíram o mármore europeu e encontraram soluções originais para a decoração de cada uma das igrejas. Por trás das fachadas simples levantavam colunas retorcidas e esculpiram anjos.