Depois de uma primitiva capela,
iniciada em 1732 e ampliada em 1759, teve lugar a construção dessa fachada no
ano de 1787, quando a Ordem contratou, para tanto, o mestre de obras português,
Francisco de Lima Cerqueira.
Os seviços já iam pela metade quando
Lima Cerqueira, morreu em 1808, substituindo-o, na empreitada Aniceto de Souza
Lopes, mulato e natural de São João del-Rei. Ao morrer, em 1815, Aniceto já
tinha concluídas as torres e o frontão central.
As torres são cilíndricas e possuem
90 pés de altura, além de serem octogonais e inteiramente de cantaria.
A parte central da fachada é
delimitada por duas colunas de pedra azul, ornamentadas de capitéis.
Na portada logo abaixo da corva real
pode-se ver uma bela representação da Santíssima Trindade. No medalhão
encontra-se Nossa Senhora do Carmo com o escapulário carmelitano às mãos.
Abaixo do medalhão encontra-se o
escudo da ordem e sobre a porta do templo uma fita de pedra onde lemos: Dominvs
in Sion Magnos – Maria Mater eivs in Líbano (O Senhor é grande em Sião – Maria,
sua mãe, no Líbano). Todo o conjunto sobre a portada está esculpido em pedra
sabão clara.
Dois anjos de corpo inteiro
assentam-se sobre as cornijas das colunas laterais, cada um está segurando uma
cartela de pedra escritos – Líbano e esplendor do Carmelo e e Saron: Glória
Libani data est ei, decor Carmeli et Sharon!
Imagem de Nossa Senhora do Monte Carmelo |
Ao entrarmos no templo pela porta
principal podemos observar que o ouro aparece apenas em suaves douramentos, nos
altares do transcepto que, junto com os púlpitos e toda a talha da capela-mor são
de autoria de Manoel Rodrigues Coelho, que os executou nos anos de 1770.
Joaquim Francisco de Assis Pereira,
são-joanense, além dos quatro altares da cotia, também fez o medalhão do teto
da nave, a representação do Pai Eterno (acima da talha da capela-mor); as
imagens de Filipe Neri e do Cristo à Coluna, os dois anjos tocheiros da
capela-mor e o coro.
Na capela-mor, além da imagem da
padroeira, vinda de Portugal e ali entronizada em 1925, nos nichos laterais
encontram-se as imagens rocas de Santo Elias e Santa Teresa d’Ávila, nas
paredes dos dois lados possuem telas representando a arrebatação de Elias e a Transfiguração
de Cristo, ambas de 1879 pintadas por George Grimm.
Imagem de Santa Teresa d’Ávila |
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