A
Irmandade de São Francisco de Assis e São Gonçalo Garcia era uma alternativa
franciscana para os homens pardos e crioulos, foi inicialmente ereta na capela
de Sossa Senhora das Mercês, em anos anteriores a 1759. Em 1850 a pedido de
Padre José Maria Xavier, o arcebispo de Mariana Dom Frei Manoel da Cruz
concedeu-lhe o título de Especial Confraria.
Abaixo
temos um convite, convidando os irmãos a participarem da benção de uma imagem
de São José no ano de 1944.
A
construção de sua modesta igreja, na pequena elevação a que se tem acesso por
uma bela escadaria de 1915, teve início por volta de 1772 e só foi rematada em
1903, quando se edificou o atual frontispício e torre, com sino, muito
parecido, em forma e sonoridade, com o da Irmandade dos Passos. Sino que
também, anos atrás, já feriu mortalmente um menino que se arriscou a dobrá-lo
com imprudência.
Imagem de São Gonçalo e Nossa Senhora do Amparo |
No
camarim do trono-mor, vemos a cena de São Francisco no Monte Alverne, esta bela
imagem é de Joaquim Francisco de Assis Pereira. Em degraus inferiores, a imagem
de Nossa Senhora do Amparo e a do patrono São Gonçalo Garcia. Nos nichos
laterais as imagens rocas de São Pedro Batista e Santa Clara de Assis; e nas
paredes da capela-mor as imagens de Santo Antônio e Nossa Senhora da Conceição.
Em
épocas passadas, a Confraria de São Gonçalo promovia, esporadicamente, uma
curiosa procissão dos mártires, com grande número de figurantes. No ano de
1886, saíram 26 figurantes de mártires, sendo 6 adultos e 20 fradinhos,
carregando suas cruzes. Além deles, desfilavam também Judite, com a cabeça de
Holofernes, Adão e Eva, e as alegorias da Fé, Esperança e Caridade.
Acompanharam a pitoresca procissão segundo o Arauto de Minas, nada menos do que dez mil participantes.
As fotos acima foram tiradas na procissão do enterro, na sexta-feira da paixão. Supostamente são desses figurantes que o texto acima nos fala.
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