Total de visualizações de página

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Igreja de Nossa Senhora das Mercês

Foto da Igreja das Mercês

É anterior a 1751. Passou por várias reformas que alteraram sua reforma origina,l sua portada é datada de 1853. Sua escadaria é de 1895.
No interior da igreja admira-se a majestosa imagem da santa, bem como as imagens de roca de São Pedro Nolasco e São Raimundo Nonato, zeloso mercedário (depois feito cardeal) e que seria no século XIII se colocado refém para libertação de cristãos das prisões muçulmanas. Como na prisão convertiam com sua pregação, os infiéis, foi-lhe colocado um cadeado nos lábios, para impedi-lo de pregar.

Imagem de Nossa Senhora das Mercês

Virgem da Mercês

Imagem de São Raimundo Nonato


O fundador da Ordem foi Pedro Nolasco, coadjuvado por São Raimundo de Penaforte e pelo rei de Aragão, Jaime I. Destinava-se a libertar os cativos cristãos dos infiéis mulçumanos. Na colônia brasileira, a Ordem se dedicou a libertação dos escravos, por isso que essa é uma Irmandade específica dos negros forros e também criolos (negros nascidos no Brasil).

Imagem de São Pedro Nolasco

Na portada pode-se observar esculpidos duas coroas imperiais, uma mitra e uma tiara, cadeados, troncos e correntes, emblemas alusivos a libertação dos cativos.
No interior possui duas telas duplas na parede da nave de autoria de Adolfo nos anos 1917 e 1918, representando as cenas da Anunciação, do Presépio, da Apresentação no Templo e da Fuga para o Egito. E no teto, uma suave pintura da Virgem Mercês, do mesmo autor.
Nos altares do transepto, veneram-se do lado do evangelho, o senhor Bom Jesus do Perdão com Nossa Senhor das Dores, São Lourenço, e São Manoel; do lado da epístola Nossa Senhora do Parto, Santa Cecília, Santa Ifigênia e Santa Maria de Cervellione.
O arco-cruzeiro é uma obra de Luiz Batista Lopes.
No camarim da capela mor está Nossa Senhora das Mercês.

Foto do final do século XIX

Nos nichos laterais do retábulo da capela mor, pode-se observar imagens rocas de São Raimundo Nonato e do fundador São Pedro Nolasco, com a bandeira da ordem Mercedária.
Em 1997 a igreja teve suas talhas e forros restaurados, com novos douramentos, dirigidos pelo artista são-joanense, Pedro Paulo Correia.

Chegada da procissão que atrai muitos fiéis













segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Pelourinho



Nos primeiros tempos de Vila, essa era a praça mais central e importante da cidade, pois nela se situavam o prédio da Câmara e o Pelourinho. Esse monumento, é de autoria do arquiteto Aniceto de Souza Lopes é simbolo do depotismo colonial, foi construído em 1812, para substituir o anterior de 1713, que era de madeira, e servia para nele se afixar os decretos do governo e avisos oficiais, destinados ao conhecimento da população. Nele também se infligiam castigos públicos de açoites aos escravos que se rebelavam contra os rigores da escravidão e os sonegadores de impostos. Após lanhado de açoites, o negro desfalecia e, com as chagas banhadas em salmora era recolhido até a cadeia para se refazer de tão desumana tortura. “É um poste de pedra, descreveu-o José Antônio Rodrigues em 1859, com 30 palmos de altura,  tendo no coruchéu a deusa Astréia olhando para o oriente e empunhando na mão direita uma espada e na esquerda uma balança, a qual pesando o ar nunca se equilibra”.Hoje,como se observa a foto a baixo não existe mais a tal estátua citada a cima, isso porque a estátua pode ter sido quebrada no transporte do Pelourinho, visto que ele se localizou em várias partes da cidade. São João del Rei é uma das poucas cidades que manteve preservado este monumento, pois com a Lei Áurea assinada no dia 13 de maio de 1888, que pos fim a escravidão, os escravos se rebelaram e destruíram os Pelourinhos de várias cidades.

Endereço: Atual Praça Barão de Itambé

Pelourinho e ao fundo a casa do Barão de Itambé

Pelourinho, antiga Prainha, atual Rua Dr. Antônio Viegas

Pelourinho defronte ao atual Museu Regional





terça-feira, 6 de novembro de 2012

Homenagem ao Jubileu Áureo (50 anos de Sacerdócio) de Dom Waldemar Chaves de Araújo


Dom Waldemar nasceu na cidade de Bom Despacho, estado de Minas Gerais, aos 23 de junho de 1934, sendo filho de Sudário Gonçalves de Araújo e D. Maria Felipe do Carmo e tendo como irmãos Desi, Antônio, Antônia, Izabel e Henrique.Cursou o ensino fundamental em sua cidade natal, fez o curso médio em Dores do Indaiá e Munhumirim e graduou-se em Filosofia e Teologia em Diamantina/MG, tendo sido ordenado sacerdote em 1962, em sua terra natal.
Em 1966, quando exercia ativamente suas atividades pastorais na Diocese de Luz/MG, foi a Bruge (Bélgica), onde fez especialização em Liturgia Pastoral, Sociologia e Psicologia. Voltando ao Brasil, retomou suas atividades na Diocese de Luz, com intenso trabalho em todas as comunidades que o acolheram. Foi Cura da Catedral, coordenador de Pastoral e Diretor da Faculdade de Ciências Humanas de Luz, que ele ajudou a fundar, preparando com carinho suas instalações. Outros trabalhos lhe foram solicitados, os quais exerceu com eficácia desejada, como Diretor das Obras das Vocações Sacerdotais, Coordenador da Pastoral Catequética, Pastoral Familiar, Vigário Paroquial e Pároco das cidades de Lagoa da Prata e Formiga.
Em 1978, foi agraciado com o título de Monsenhor. Quando recebeu a notícia de sua nomeação para Bispo, no dia 7 de dezembro, Dom Waldemar assumia o cargo de Reitor do Seminário Diocesano de Luz e Diretor da Faculdade do Alto São Francisco-FASF, de Luz. Como Bispo de Teófilo Otoni/MG, foi Assistente Regional do Encontro de Casais com Cristo –ECC.
Como Bispo da Diocese de São João del Rei, construiu o novo prédio do Seminário Propedêutico São Tiago, foi Assistente Regional da Pastoral Familiar, membro da Academia de Letras de São João del Rei, sendo desde 1994, o Assistente Episcopal do Instituto Missio (Padres e Diáconos para assistirem os imigrantes brasileiros nos Estados Unidos).


O Brasão


Como se pode observar, três partes profundamente significativas compõem o brasão de Sua Exa. Reverendíssima, a saber:

As águas, que fazem referência ao nome “Waldemar”, que significa “as muitas águas”. “O pastor deve conduzir seu rebanho às águas frescas da salvação”. (Sl 22)

As chaves, que também estão presentes no nome do Bispo, representam as chaves Pontíficias e expressam obediência ao Chefe Supremo da Igreja, o Santo Padre o Papa. (Is 22,22)

A Cruz e o Campo Vermelho que fazem alusão à árvore e ao altar do sacrifício. (Gn22,9), tendo também como referência o nome do Bispo: “Araújo”, que quer dizer “árvore”, e “Ara” significa “altar”.

Concluindo com o lema: “Oportet Oboedire Deo: É preciso obedecer a Deus” (At 5,29).

Terminamos aqui nossa eterna gratidão àquele que por muitos anos nos conduziu em seu rebanho.




quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Igreja de São Francisco de Assis

Frontão da igreja

Em substituição de uma primitiva capela de 1742, a atual igreja tem sua construção iniciada em 1774. A obra é de Francisco de Lima Cerqueira e Aniceto de Souza Lopes.
O portão da entrada principal é de ferro e datado de 1885 a 1895.
O paredão frontal que separa os dois lanços da escadaria é datado de 1874.
A balaustrada que delimita o adro possui balaústres de mármore ou pedra de Lioz, importados de Portugal e afixadas em 1880.
No frontispício, entre as torres há uma Cruz de Lorena (cruz de dois braços).
No tímpano, em pedra sabão, Aniceto, esculpiu o episódio do Monte Alverne, no qual São Francisco recebeu de Cristo crucificado os estigmas de sua paixão. Próximos estão frei Masseo e uma ovelhinha.
Na portada há uma coroa, esculpida em pedra única. Numa fita pedra lê-se Tota pulchra es, Maria, et macula originalis non est in Te – Após uma coroa de espinhos, estão lado a lado, os brasões de armas franciscano e português, ladeados por duas asas, onde no primeiro se veem um coração, dois pés e duas mãos, numa alusão aos estigmas de Cristo; no segundo os sete castelos e as cinco quinas portuguesas, também recordando as chagas de Cristo.
Em cima das cornijas laterais veem-se dois anjos. O da direita representa o anjo da morte; o outro de cimento (1924) seria o anjo da redenção com uma cruz e não uma caveira. O anterior foi destruído por um raio no século XIX.

Porta almofadada

O coro possui um grande vão livre e limite máximo de achatamento: o arco é em alvenaria. Uma cunha no centro, ao alto, é que une as duas metades.
A nave da igreja tem forma elíptica.
O teto, sustentado por 4 colunas de cada lado, de base em pedra sabão e no restante recobertas de madeira imitanto pedra, emborca-se sobre a nave.
Os altares laterais, cujas talhas o extinto Sphan em 1963 raspou o decapê branco, que em 1855 fora aplicado para um douramento que não ocorreu por falta de recursos.
No altar da esquerda do transepto cultua-se uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Já no altar da direita, que no alto há o escudo francês, venera-se São Luiz IX e, nos nichos laterais São Domingos de Gusmão e Santo Antônio de Pádua, atribuída a Aleijadinho.
No altar dos Bem-Casados veneram-se São Lúcio e Santa Bona, primeiros membros da Ordem Terceira, e nos nichos laterais São Pascoal Bailão e de São João Evangelista, também atribuída a Aleijadinho. No altar defronte está esculpida numa única peça de madeira, São Pedro de Alcântra, que tem por companhia, São Boaventura e São João Nepomuceno.
Os dois últimos altares são conhecidos como Altar do Pontífice. No primeiro contempla-se Papa Inocêncio III, rodeados por cardeais João de São Paulo e Heugolino della Gerardesca (Papa Gregório), entregando a São Francisco a bula de aprovação de sua Ordem (1209).

Imagem de São Francisco de Assis

Detalhe do teto da Capela-Mor

No segundo altar vê-se o abraço de São Francisco a Jesus Crucificado; nas laterais estão São Francisco de Paula e São José de Botas.
No alto do púlpito localiza-se a cruz Papal (de três braços), que simbolizam os amplos poderes que revestiam os papas medievais: o espiritual, o temporal e eclesiástico.
Nas paredes laterais da capela-mor duas telas representam a Última Ceia de Jesus e a outra Prisão de Jesus no Horto das Oliveiras, pintadas por Alexandre de Bierry, em 1879.
A talha possui um suave douramento datado de 1860, onde no centro está a Santíssima Trindade e nos nichos laterais estam as imagens roca de Santa Rosa de Viterbo e Santa Isabel da Hungria.
No trono-mor está representada a cena do Monte Alverne, logo abaixo a imagem de Nossa Senhora da Conceição.
O assoalho da igreja foi remodelado por completo em 1915, ainda na capela-mor jazia sepultado Francisco de Lima Cerqueira, que na igreja trabalhou.

Mais informações: http://www.votdesaofranciscodeassis.org.br









quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Saraus de Poesia na Biblioteca Municipal de São João del Rei-MG



Últimos domingos de cada mês.
Desde dezembro de 2003 a SAB vem atuando e levando nas tardes do último domingo de cada mês atividades culturais diversas como: Saraus de Poesia, Encontros literários, Apresentacão teatral e Músical.


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Sexta Musical




Lendas São-Joanenses

Durante a noite de São João as ruas ganham vida. Enquanto o guia apresenta nossa riqueza arquitetônica, de toda parte surgem personagens atípicos: um Padre amedrontado, uma bisbilhoteira, uma louca, uma senhora vingativa, um coronel amedrontador...
Estas são algumas lendas que enriquece e proporciona momentos de suspense e desconcentração, despertando o imaginário de todos que presenciam.
Premiado regionalmente pelo IPHAN, na categoria de salvaguarda de bens imateriais e indicado ao prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade no ano de 2010.

Apresentações:  03/11/2012, 17/11/2012 e 15/12/2012.
Local: Largo do Rosário, Rua Getúlio Vargas, Centro.
Horário:20 horas
Ingressos no local a 10,00
Contatos: (32) 8874-0458 / (32) 8844-0245











segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Mês do Rosário

Mês do Rosário 2012 na Igreja de Nossa Senhora do Rosário-São João del Rei-MG

A Venerável Confraria de Nossa Senhora do Rosário convida a todos a participar do mês do Santíssimo Rosário da Bem-Aventurada Virgem Maria



De 1° de outubro a 2 de novembro

Diariamente, as 18 horas será celebrada a Santa Missa seguida de recitação do Terço, Exposição e Benção do Santíssimo Sacramento.

21 de outubro-Domingo
Consagrado a Nossa Senhora dos Remédios

Santas Missas às 8h e 30m a as 18 horas. Após as missas será dada a Benção dos Enfermos.
Logo após a Missa das 18 h, além da Bênção dos Enfermos, haverá a recitação do terço, Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento.




28 de outubro-Domingo
Consagrado a Nossa Senhora do Rosário

Às 8h e 30m, Santa Missa Solene, na intenção dos ex-mesários e demais benfeitores da Confraria, seguida da recitação do terço.
Às 18 horas, Santa Missa em Ação de Graças pela passagem do Jubileu Áureo Sacerdotal do EX.mo e REV.mo SR. Dom Valdemar Chaves de Araújo, Bispo Emérito de São João del Rei, em seguida de profissão de novos irmãos e da Solene Procissão com as venerandas imagens de N. Sra. Do Rosário, São Domingos de Gusmão e Santa Catarina de Sena com a participação, inclusive, dos Movimentos: Terço dos Homens e Terço das Mulheres.

À entrada da Procissão canto solene do Te Deum Laudamus e Bênção do SS. Sacramento.










Novena em Honra a Nossa Senhora Senhora do Pilar


A Venerável Irmandade do Santíssimo Sacramento convida a todos a participar da Novena em honra a  Nossa Senhora do Pilar,na Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar em São João del Rei-MG

3 a 11 de outubro


 Todos os dias às 18h 30min, confissões.
Às 19 horas, Santa Missa e, em seguida, solene novena com pregações que versarão sobre os seguintes temas:

1° Dia: Caminho da fé.
Participação da Paróquia de São Sebastião,de Santa Cruz de Minas.
Pregador: Padre Pedro Jesus Wiermann

2° Dia: Redescobrir e professar a fé.
Participação da Paróquia de Senhor Bom Jesus do Monte.
Pregador: Padre Ilton de Paula Resende

3° Dia: Testemunhar a fé.
Participação da Paróquia do Senhor Bom Jesus de Matosinhos.
Pregador: Padre José Bittar

4° Dia: Em que cremos e o que vivemos.
Participação da Paróquia de São João Bosco.
Pregador: Padre Raimundo Dilermano Afonso

5° Dia: Buscar a verdade.
Participação dos Seminaristas da Diocese de SJDR e da Juventude.
Pregador: Padre Antônio Carlos Trindade da Silva

6° Dia: Jesus Cristo: “autor e consumador da fé” (Hb 12,2)
Participação da Paróquia da Imaculada Conceição.
Pregador: Padre Antônio Claret Albino.

7° Dia: Caminhada da fé a partir de Maria.
Participação da Paróquia de São Francisco de Assis
Pregador: Frei Jaime Eduardo Ribeiro.

8° Dia: Fé e caridade
Participação da Paróquia de São Judas Tadeu.
Pregador: Padre Claudir Possa Trindade.

9° Dia: Procurar a fé.
Participação da Paróquia de São José.
Pregador: Padre Fábio Rômulo Reis

Missa para os enfermos

11 de outubro-quinta-feira
Às 15 horas, missa para os enfermos com aplicação do sacramento da Unção dos enfermos.

Solenidade de Nossa Senhora do Pilar
12 de outubro-sexta-feira

Às 6h 10min, Liturgia das horas.
Às 7 horas, Missa.
Às 9h 30min, Missa Solene concelebrada, presidida pelo EX.mo Rev.mo. Sr.Dom Célio de Oliveira Goulart, Bispo Diocesano de São João del Rei.
Às 15h 30min, Missa para as crianças com participação da Catequese Paroquial.
Às 17h 30, Vésperas Solenes de Nossa Senhora com a Participação da Associação dos Coroinhas de Dom Bosco, da Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar.
Às 18h, Missa e Procissão com a veneranda imagem de Nossa Senhora do Pilar, abrilhantada pela Banda de Música “Theodoro de Faria”.
À entrada da Procissão, Missa, Canto Solene do Te Deum Laudamos e Bênção do Santíssimo Sacramento.

A parte musical

Atos Internos: Orquestra Lira Sanjoanense.
Procissão Banda de Música “Theodoro de Faria”





quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Exposição: A música, o Museu e a Cidade

  
A exposição conta a evolução da música sacro-profana são joanense, além de expor instrumentos musicais, discos de vinil e partituras das bi centenárias orquestras.
A exposição vai até março de 2013. Vale a pena conferir.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Igreja de Nossa Senhora do Rosário

Vista frontal de igreja


É a mais antiga igreja de São João del-Rei, é datada de 1708. Nos anos de 1751 e 1936 a igreja foi substancialmente modificada. A primeira capela de Nossa Senhora do Rosário foi benta pelo Vigário da Vara Padre Dr. Manuel Cabral Camelo, em 1719, no mesmo local onde hoje se encontra. Onze anos antes, em primeiro de junho de 1708, quando São João del-Rei ainda era arraial, foi fundada a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. No dia 7 de Julho de 1720 foi colocada neste templo a imagem de Nossa Senhora do Rosário.

Vista da antiga igreja

Em 15 de fevereiro de 1751 iniciam-se as obras de reconstrução da Igreja do Rosário e as imagens de Nossa Senhora do Rosário e de S. Benedito vão para a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, onde permaneceram até no dia 25 de dezembro de 1772. Em 1753, por acréscimo e remodelação, tomou as atuais dimensões. Primitivamente o campanário era separado da igreja e ficava ao lado esquerdo. Mais tarde foi construída uma torre ao centro da fachada, até que, ameaçando cair, foi demolida em princípios deste século. Depois da torre ter sido demolida, os sinos foram colocados na última janela, ao lado esquerdo da fachada. Na década de 1930-1940 foram construídas as atuais torres que deram novo aspecto arquitetônico ao frontispício e os sinos foram para a sineira à esquerda. Agora a frente tem quatro janelas e uma porta, além das duas torres quadrangulares.


Encostados na parede do arco-cruzeiro se encontram dois altares de bonita talha, com frontão elevado e dois anjos, um em cada altar, sustentando em um dos braços um lado de cortina. O do lado esquerdo do observador é dedicado à Nossa Senhora do Remédio, que se encontra dentro da abertura do retábulo, em um pequeno trono. Degraus abaixo está a imagem de São Lourenço, paramentado de diácono e com uma grelha na mão direita, lembrando como foi morto, e na mão esquerda a palma do martírio. As peanhas laterais são ocupadas por São Vicente Ferrer, do lado da epístola, e São Jacinto, do lado do evangelho. Têm dossel com fundos imitando cortinas bem entalhadas na madeira. A mesa do altar tem uma abertura em sua parte inferior e ai se encontra Nosso Senhor Morto. O altar do outro lado é dedicado a São Benedito e Santo Antônio de Catalagirona, dois santos pretos muito venerados. Em 1954 uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, por sinal muito bonita, foi ai entronizada. Ela foi esculpida por um artista português, em cedro brasileiro enviado à Portugal. Antes de vir para São João del-Rei, foi benta em Fátima e tocou na azinheira e na imagem lá venerada.
O arco-cruzeiro é ornado por uma tarja, que tem em seu tímpano, bem ao centro, a Estrela que guiou os Santos Reis Magos ao presépio de Belém. Aos lados estão dois Anjos em tamanho natural.


A capela-mor, bem espaçosa, tem iluminação natural através de quatro óculos, em forma ovalada, dois de cada lado, rasgados nas paredes laterais. A talha da capela-mor é de autoria do artista Luís Pinheiro de Sousa, o mesmo que serviu de mestre do serviço do retábulo da capela-mor da Igreja de São Francisco de Assis. Quatro colunas de fustes estriados, base de canelura em espiral e capitéis da ordem compósita, formam como que nichos ladeando a abertura do trono e sustentam o entablamento que corre pelos lados.
Ao lado do Evangelho fica a imagem de São Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Pregadores, e do outro lado está Santa Catarina de Sena. Em volutas, que se apoiam nas colunas, encontram-se quatro anjos de grande formato.
Um dossel, junto ao forro, ladeado por cabeças de anjos alados, cobre uma grande coroa e um rosário rodeado de cinco querubins sobre nuvens que emitem raios dourados e dois anjos nas extremidades apontam para o conjunto. O teto do camarim do trono é um dos mais bem trabalhados e artísticos da cidade. Tem ao centro uma rosácea, na interseção das nervuras que se cruzam; pequenas rosáceas acham-se colocadas no interior dos triângulos formados pelos cruzamentos. Do alto dos degraus do trono, Nossa Senhora do Rosário domina e abençoa os fiéis, esculpida em dois blocos de madeira de lei, é, talvez, a mais bonita obra escultural e artística existente nas igrejas da cidade, pela perfeição e beleza de seus traços e encarnação.
Em seu frontispíciose destaca a portada e pedra granítica, datada de 1753, sendo que suas torres em concreto armado construídas por Rosino Bacarini e inaugurada no ano de 1936.
Logo à entrada pela porta principal, vemos à esquerda, uma gruta em oragon a Nossa Senhora de Lourdes que foi adquirida em Paris.
Do lado oposto observa-se Nossa Senhora de Fátima esculpida em cedro brasileiro.
Em nichos laterais da campela-mor veem-se as imagens de roca de São Domingos de Gusmão, fundador da Ordem e Santa Catarina de Sena reformadora da Ordem.
Nos altares da nave junto ao transepto observa-se no lado da epístola, as imagens de São Benedito e Santo Antônio Noto, todos em roca. Em nichos laterais pequenas imagens de São Libório e São Tomás de Aquino.
No altar do lado do evangelho (nave) vemos Nossa Senhora dos Remédios e São Lourenço e nos nichos laterais São Jacinto e São Vicente Ferrer.
O autor da talha da capela-mor é de Luiz Pinheiro de Souza e o escultor é Antônio Francisco Sarzeda.

Imagem de Nossa Senhora do Rosário








domingo, 16 de setembro de 2012

Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar


Resumo cronológico da Igreja do Pilar

1705 – 1ª capela erguida junto com o primitivo arraial – no local da atual Matriz;
1709 – é incendiada com a Guerra dos Emboabas;
1710 – início da construção de uma igreja que não foi além das paredes no Arraial Fortificado.
1711 – edificação de uma nova igreja (Morro da  Forca), que funcionou como matriz até 1724.
1721 – construção de uma nova igreja na Rua da Direita, no local da primitiva.
1724 – Inauguração da atual Matriz.



Vista frontal da igreja

Como as demais Igrejas esta também sofreu ampliações e melhoramentos através dos tempos. Inicialmente era bem menor, mas não menos bela.
Seu frontispício atual e datado de 1820 para atender a um aumento no corpo da nave, Cândido José da Silva executou em alvenaria de pedras graníticas e azuis desenhado por Manoel Vítor de Jesus. Seu interior é barroco e exterior neoclássico.
Na torre da direita sob a janela sineira, vê-se um relógio holândes, instalado em 1905, em substituição de um anterior. No frontão pode-se observar sob a cruz, aparece, entre nuvens claras, a lembrar a celebração da páscoa, a figura do manso cordeirinho - agnus dei - sobre o livro do apocalipse.
Um gradil de ferro fundido, obra de Jesuíno José Ferreira, amarrado em imponentes colunas graníticas, cerca um adoro de 1848.
Catedral esde 1960, quando da criação da Diocese, esta igreja Matriz foi elevado, por ato papal, à condição de basílica menor em 1965, pelo que acima de sua janela do meio, ve-se, hoje, um pequeno escudo em pedra sabão, com as armas pontifícias: uma tiara e duas chaves.
No vestíbulo das igrejas matrizesm e só das matrizes encontra-se à esquerda de quem entra o batistério com a pia batismal. A geografia, nesse caso, é ao mesmo tempo física e espiritual: colocado o batistério à entrada da igreja material simboliza o ingresso dos neófitos na igreja mística e social.
Teto

O teto foi pintado por Venâncio José do Espírito Santo, são-joanense, em 1817 e o patrocinador da obra foi o comerciante português Comendador João Batista Machado.

Pintura central do teto-A virgem do Pilar ladeada de anjos-

Anjo da Amargura e Ornamentação do Arco Cruzeiro

Pintura lateral do teto

Pintura lateral, próxima ao coro

Na ordem pela esquerda de quem entra e de trás para frente pode-se observar: Santa Cecília, Santa Rita, São Marcos com Leão, São Mateus com o anjo ao menino, São João com a águia, São Lucas com o boi e o quadro de Maria, São Pedro com as chaves; pelo lado contrário Santo Estevão, Santa Luzia, Santo Ambrósio com o báculo, Santo Agostinho com o coração, São Gregório com a pomba que representa o Espírito Santo, São Jerônimo com leão e trombeta e São Tiago Maior com cajado.
No meio do teto, emoldecida de guirlandas de flores, envolta de nuvens e rodeada de anjos está a figura da padroeira Nossa Senhora do Pilar. Na base do pilar um rosto irradiante como o sol, tendo de ambos os lados uma cartela onde se lê em latim – Tota pulchra es, Maria, et macula originalis non est in Te – És toda pura, ó maria, e a mancha original não está em Ti.
No meio dos trinta anjinhos que circundam a virgem – querubins de asinhas vermelhas e serafins de asinhas azuis.
Venâncio quis segundo o professor Antônio Gaio Sobrinho ressaltar o valor da bíblia, representada pelos evangelistas, e, de outro lado, proclamar a necessidade do magisterio, simbolizando por quatro de seus maiores representantes, os quatro grandes doutores da Igreja Latina.
Para pintar o teto Venâncio utilizava pigmentos rochosos e vegetais da região. Das tintas vegetais foi utilizado o conhecido como sangue de boi, por causa de sua coloração vermelho-escura.
Com tais elementos se preparava a têmpera resultante de uma mistura de cola branca de marceneiro, clara de ovos, vinagre, água, mais aqueles pigmentos. A clara de ovos era utilizada em substituição da cola para aglutinar as demais substâncias, o vinagre, como pesticida, para proteger a mistura, sobretudo a clara, contra o ataque de insetos.
As duas primeiras figuras do teto, proximas à tribuna da música, Santa Luzia e Santo Estevão foram pintadas por outro artistam em época posterior (1817), depois do aumento executado no corpo da nave quando se fez o atual frontispício (1820).
Os camarins ou tribunais de honra foram inauguradas em 1854.



A nave

A Catedral possui altares laterais variádos devido à quantidade de irmandades sediadas na mesma. Como a irmandade do Santíssimo Sacramento (1711), irmandade importante por erguer a igreja e por organizar a tradicional Semana Santa em São João del-Rei, irmandade de São Miguel e Almas (1716), irmandade do Senhor dos Passos (1734) e irmandade da Boa Morte (1786), sendo que em 1727 sediava a irmandade do Carmo que somente em 1734 possuía capela própria.
Dentre os altares laterais, dedicado a Nossa Senhora do Terço, Sant’ Ana, Nossa Senhora da Conceição e Senhor dos Passos, sendo que o primeiro da esquerda de quem entra, onde atualmente se venera Nossa Senhora do Terço, tudo indica (segundo o Prof. Antônio Gaio) que este teria sido o altar-mor da matriz onde se venerava a primitiva imagem de Nossa Senhora do Pilar, quando localizada no Morro da Forca. O altar sofreu algumas adaptações e nele se intronizou Nossa Senhora da Conceição. Sobre o que seria o sacrário do altar, vê-se um vestíbulo, como de uma porta numa alusão ao título – porta do céu – . No fundo do camarim no ano de 1999 foram colocadas réplicas de dois anjinhos sustentando uma coroa em alto relevo. Essa restauração diminuiu a altura do trono, a troca de imagens da Nossa Senhora da Conceição pela Nossa Senhora do Terço. Nos nichos laterais, são veneradas as imagens de São Francisco de Paula e Santa Bárbara e à frente da portinhola, Santa Cecília.
Em frente encontra-se o altar dos Passos muito bem ornamentado. No teto pode-se observar a semelhança da abóboda com a do altar-mor.
O próximo altar é o de Sant’ Ana, junto com ela está Nossa Senhora Menina, aprendendo as escrituras. Nos nichos laterais, São Joaquim e São João Nepomuceno.
À sua frente, no lado oposto, vê-se o altar de Nossa Senhora da Conceição. Tem nos nichos laterais as imagens de Santa Antônio e São Francisco e ao centro, uma antiguíssima imagem de São Sebastião. Também neste altar, como nos dois ficam defronte, as restaurações revelam delicadas pinturas que trazem características de Natividade: conjunto de três rosas nas cores azul, vermelhas e laranja.
Dos altares do transepto, o da esquerda é dedicado a Nossa Senhora da Glória, do outro lado encontra-se o altar de São Miguel e Almas, com a belíssim imagem de São Miguel cravejada de brilhantes.
Sobre o quebra voz de cada púlpito pode-se observar em alegoria a representação das virtudes teologais: a fé, no da esquerda, onde uma figura feminina sustenta uma cruz; a esperança, no da direita, numa figura também feminina que empunha uma âncora; e a caridade inindo as duas figuras na significação dos símbolos que trazem consigo, uma pomba e um cálice.
Num hall de entrada, no lado do evangelho estão expostas uma primitiva imagem de Nossa Senhora do Pilar e uma roca de 1922.

Altar do Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores

Altar de Nossa Senhora da Conceição

Altar de Nossa Senhora do Terço

Altar de Sant’Ana Mestra

Altar de São Miguel a Almas

Altar de Nossa Senhora da Glória

Capela-Mor

Vista do Altar no domingo de páscoa



No ano de 1730 a capela-mor já estava pronta. Possui duas telas, representando o banquete na casa de Simão e última ceia de Jesus, importadas de Portugal e inauguradas em 1732. Dom João V patrocionou com ouro, ornamentos e telas (Capela-Mor).
No trono do camarim encontra-se a moderna imagem de Nossa Senhora do Pilar, esculpida no Rio de Janeiro por Ceríaco da Costa Tavares e entronizada na igreja em 1922.
Nos nichos laterais veneram-se as imagens de São José de Botas e São João Batista.
A capela do Santíssimo Sacramento possui pinturas no teto de Manoel Venâncio do Espírito Santo; e a sacristia contrária com pinturas no teto de Joaquim José da Natividade.

Ornamentação na Capela-Mor, Santíssima Trindade